Semana Nacional de Prevenção à Gravidez na Adolescência


 

Você sabia que entre os problemas de saúde ocorridos na faixa etária correspondente à adolescência (10 a 20 anos), a gravidez se sobressai em quase todos os países? O fato é preocupante, dado que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a gestação nesta fase é uma condição que eleva a prevalência de complicações para a mãe, para o feto e para o recém-nascido, além de agravar problemas socioeconômicos já existentes.

No Brasil, a taxa de gestação na adolescência é de cerca de 400 mil casos por ano. Os principais motivos para esse alto índice são a desinformação sobre sexualidade e direitos sexuais e reprodutivos. Questões emocionais, psicossociais e contextuais também contribuem, inclusive para a falta de acesso à proteção social e ao sistema de saúde, englobando o uso inadequado de contraceptivos.

Alguns fatores aumentam os riscos de uma gravidez na adolescência. São exemplos:

- Idade menor que 16 anos ou ocorrência da primeira menstruação há menos de 2 anos;

- Altura da adolescente inferior a 150 cm ou peso menor que 45kg;

- Gestação decorrente de abuso/estupro ou outro ato violento/ameaça de violência sexual;

- Existência de atitudes negativas quanto à gestação ou rejeição ao feto;

- Falta de apoio familiar à adolescente.

A gravidez na acolescência também gera riscos após o nascimento do bebê, O recém-nascido, pode ser prematuro e ter tamanho e peso abaixo para a idade. Além disso, pode necessitar de cuidados intensivos na UTI Neonatal, normalmente causadas pela dificuldade na sucção e na amamentação. Já a mãe adolescente pode sofrer com transtornos mentais ou psiquiátricos, não ter o suporte e/ou ser rejeitada pela família, interrupção do processo escolar.

 

PREVENÇÃO

Um dos mais importantes fatores de prevenção é a educação. Educação sexual integrada e compreensiva faz parte da promoção do bem-estar de adolescentes e jovens ao realçar a importância do comportamento sexual responsável, o respeito pelo(a) outro(a), a igualdade e equidade de gênero, assim como a proteção da gravidez inoportuna, a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis/HIV, a defesa contra violência sexual incestuosa, bem como outras violências e abusos.